Hospital Central — 07h18 da manhã
Natalie ajeitou o crachá no bolso do jaleco branco enquanto caminhava pelos corredores ainda silenciosos do hospital. O dia mal começara, e o cheiro de café recém-passado já invadia a ala de emergência. Ela passou pela recepção e cumprimentou os plantonistas com um aceno breve. Ainda se adaptava à rotina do novo turno, mas havia algo reconfortante naquele ambiente: ali, ela podia fazer a diferença.
O bip do rádio soou agudo e urgente.
— Emergência chegando! Paciente infantil com ferimento por arma de fogo! — anunciou uma das enfermeiras.
Natalie se adiantou imediatamente, seu corpo entrando no modo automático de profissionalismo.
As portas se abriram com violência, revelando os paramédicos empurrando uma maca. Sobre ela, uma garotinha de cerca de sete anos, com o rosto banhado de lágrimas e a perna direita encharcada de sangue. A cena já era suficiente para acelerar qualquer coração.
Atrás, uma mulher em desespero gritava, tentando acompan