A casa estava mais quieta do que nunca, e, de alguma forma, isso a incomodava ainda mais. O bilhete queimava em suas mãos, um lembrete físico do que ela estava tentando evitar. Mas, por mais que tentasse, não podia negar a sensação de que Alejandro estava mais presente do que nunca. Ele estava por perto, no ar, naquelas palavras que pareciam ecoar em sua mente.
Com o bilhete ainda nas mãos, Natalie se levantou e caminhou até a janela, a luz da lua banhando seu rosto. A rua estava deserta, sem movimento, mas, lá no fundo, ela sentia que ele estava observando-a, como se estivesse sempre um passo à frente, antecipando seus pensamentos. Como se soubesse, de alguma forma, que ela não conseguia deixá-lo ir.
Ela suspirou e guardou o bilhete na gaveta da mesa de café, decidida a afastar-se daquele sentimento. Tentaria, de qualquer forma, retomar o controle da sua vida. A última coisa que ela queria era ser dominada por ele, seja fisicamente ou emocionalmente.
Mas a ideia de estar fugind