Florence se encolheu atrás da porta, espiando através do olho mágico para observar o que estava acontecendo do lado de fora.
Valentina caminhava na frente, com passos firmes e cheios de raiva. Ela parou em frente à porta da sala de descanso número 6, levantando a mão para bater.
Antes que pudesse fazer isso, Daphne rapidamente se aproximou, interrompendo-a. Em um tom baixo, ela sussurrou:
— Directora Valentina, bater na porta vai dar a eles tempo para se arrumarem. E, nesse caso, não teremos provas. Você sempre foi tão generosa com a Florence, e olha o que ela fez com você. Ainda vai deixá-la sair ilesa? Eu fico indignada só de pensar nisso. Por isso, trouxe a chave da sala para você.
Daphne entregou a chave nas mãos de Valentina, que, tomada pela raiva, nem considerou a sugestão. A ideia de seu marido estar envolvido com uma funcionária, enquanto fingia ser um homem exemplar, tirava qualquer resquício de sua paciência. Ela girou a chave rapidamente e abriu a porta, invadindo o