A voz grave de Lucian, misturada à frieza da névoa matinal, soou firme enquanto ele segurava Florence com força.
Florence ergueu os olhos e encontrou o olhar profundo dele. Ficou momentaneamente confusa. Não era Lyra quem deveria estar ali?
Ela encostou os pés descalços no chão. O frio das lajotas úmidas a despertou de imediato.
— Onde está minha mãe?
— Ela torceu a coluna. — Lucian respondeu com a voz gelada.
— Eu mesma chamo um carro, não precisa se incomodar. — Florence disse, virando-se rapidamente e começando a pular com um pé só.
Atrás dela, Cláudio, com uma expressão de quem não sabia o que fazer, levantou uma das pantufas.
— Srta. Florence, seu sapato.
— Pode deixar... Ah!
As lajotas, cobertas por uma fina camada de orvalho, estavam escorregadias. Florence tinha dado apenas dois saltos antes de perder o equilíbrio e cair.
Antes que pudesse atingir o chão, uma mão firme a puxou de volta. Ela se chocou contra o peito de Lucian, o impacto tão forte que sentiu o