A polícia agiu com eficiência. Assim que Florence concordou com a conciliação, não demorou para trazerem o documento.
Entre os oficiais, estava a mesma policial que havia colhido o depoimento dela. Antes de entregar o papel, a mulher fez uma última tentativa:
— Tem certeza de que pensou bem?
Florence segurou a caneta com mãos trêmulas. Um sorriso amargo surgiu em seus lábios.
— Já pensei, sim. Vamos acabar logo com isso.
Afinal, o que ela era, senão uma formiga no meio de gigantes?
Sem dar a si mesma tempo para se arrepender, Florence assinou rapidamente o documento.
A policial suspirou, pegou os papéis e saiu.
Logo em seguida, Lyra entrou no quarto com uma caixa térmica nas mãos. Os olhares das duas se cruzaram, e Lyra não conseguiu conter a culpa que inundou seus olhos, já avermelhados pelas lágrimas.
— Flor…
— Eu já sei de tudo. O tio está bem? — Perguntou Florence, com a voz cansada.
Lyra enxugou os olhos, suspirando enquanto colocava a comida na pequena mesa