Dentro do carro, Daphne já tinha notado Florence do lado de fora e, de propósito, aproveitou a ocasião para se inclinar e tentar beijar Lucian, bem na frente de Florence.
Ela queria que Florence entendesse de uma vez: dormir com Lucian não queria dizer nada, porque, no fim das contas, era ela, Daphne, quem Lucian escolhia.
Mas, antes que o beijo de Daphne chegasse ao rosto de Lucian, ele ergueu o braço e bloqueou o avanço dela, afastando-a com um gesto sutil.
Daphne ficou alguns segundos paralisada, depois deixou escapar um olhar magoado:
— Lucian, o que foi?
Lucian puxou um lenço de papel, limpou o local da manga onde ela encostou e falou com um tom despreocupado:
— Essa cor de batom não combina com você.
Na mesma hora, Daphne empalideceu, levou a mão aos lábios e apertou forte o tecido do vestido, tentando disfarçar o incômodo.
Lucian lançou um olhar de lado:
— Tá nervosa por quê?
Daphne se forçou a relaxar, mesmo estando visivelmente abalada:
— Não é nada, acho que exagerei no café