O motorista deu uma olhada no celular e disse:
— Posso cortar caminho por uma rua menor, mas mesmo pulando alguns sinais, não consigo garantir que a gente chegue em meia hora.
— Vamos tentar. — Florence sabia que não tinha uma opção melhor.
O motorista foi eficiente e, em meia hora, deixou Florence na esquina próxima ao ateliê.
Assim que desceu, Florence olhou para o tornozelo inchado e avermelhado e franziu a testa. Ela não podia arriscar Daphne tirar conclusões ao ver aquele machucado, então precisava de uma desculpa convincente para o ferimento.
Enquanto pensava nisso, Florence avistou um canteiro de cimento ali perto. Sem hesitar, ela arrastou o tornozelo machucado pela borda áspera do canteiro. A dor aguda fez com que ela se sentasse no chão, suando frio.
Ela cerrou os punhos, respirou fundo para conter o sofrimento e discou o número de Rosana no celular.
Agora, ela precisava de uma testemunha.
Florence tinha certeza de que Rosana era quem repassava tudo para Daphne, então ninguém