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InicioPai Bom, Pai Ruim
Pai Bom, Pai Ruim

Pai Bom, Pai RuimPT

Romance
Moises Ferreira  Completo
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42Capítulos
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Resumen
Índice

Sinopsis

AdolescenteSeñorEmocionalAventureroRebeldeBuena niñaCruel

Quando seus deuses desmoronam, o garoto Henry encontra amparo em seu amigo mais velho, Queiroz, um homem com idade próxima de seu pai adotivo que, com sua sabedoria peculiar, conduz o jovem para mais próximo de seu destino. Em um país de muitos contrastes e variadas crenças, um garoto nascido no nordeste brasileiro precisa mergulhar no interior deste “gigante” e dentro de si mesmo, em busca de suas respostas e verdades. Em sua jornada ele irá conhecer o sentido de uma profunda amizade e do amor enquanto saída para cruzar outros caminhos que são os seus.

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Pai Bom, Pai Ruim Novelas Online Descarga gratuita de PDF

Último capítulo

  • Posfácio

    Caras leitoras e caros leitores não posso esquecer de lhes dizer para não esperarem as chibatas cortarem seus espíritos para iniciar a luta. Como eu disse, no início dessa nossa prosa, cruzei com essa alma da Bahia resistente. Suas aventuras não estão nos ramos de uma árvore de madeira branca e macia, estavam e estão na turba plural que os endinheirados desejam conter com milhões de chibatadas.Também sinto que essa jornada não acaba aqui. Existe algo que não foi contado ainda e faz-se necessário um outro olhar sobre essa experiência. É preciso entender o sentido da passagem de todos que cruzam nossas vidas. Bons ou ruins...Deus seja louvado.

  • Fora de Série

    Salustiano ficara "encucado" com a provocação do cearense, mas não chegava a outra conclusão que não o fato de Henry ou Edvaldo ter o seu "pivete". Ele precisava de uma maneira própria de levar o guri ao médico na madrugada, de fazer a feira com muitos legumes para a criança, de levá-lo ao circo e à matinê domingueira, de deixá-lo na escola em um veículo respeitável e, quem sabe, do guri já crescido ir sozinho à faculdade. De maneira quase consciente, Salustiano queria, assim como Queiroz tinha abdicado de sua maior paixão, dar-lhe algo que fosse tão importante quanto. Ele acreditava que deveria fazer o mesmo, pois sua maior paixão era, na verdade, seu filho e acreditava que sua atitude enciumada seria perfeitamente compreendida por Edvaldo. Edivaldo chegou cedo, Salustiano o havia chamado para uma volta na caminhonete F350. Seguiu pelo Engenho Velho onde ouviram um grito: — Ô, pau de fogo — Edvaldo admirado olhou para o pai. — Pau de fogo?

  • O Relojoeiro Sem o Tempo

    Salustiano acusáva-os de serem três loucos, foram morar os três numa pequena vila de pescadores, Arembepe. Lá o tempo havia parado, todo dia era dia de trabalhar e descansar ele constava isso em seu velho relógio, o único da casa. Sem a pulseira e parado, marcando sempre a mesma hora havia se tornado um amuleto que carregava consigo, para cima e para baixo, numa corrente de prata pendurada no pescoço. No entanto, quando seu pequeno golfinho ou boto, como queria Queiroz, nasceu, os primeiros a visitá-lo foram Salustiano e Jerusa. — São três loucos e uma criança, Jerusa, mas eu quero ver o meu neto, nem que seja a primeira e última vez. A criança pequena, a criança velha, se tiver fugido, tanto melhor. — Nem é tanto Salu, você até emprestou a caminhonete para ele procurar o cearense Ele havia melhorado em muito a relação com Edvaldo o qual o passava a reconhecer a sua paternidade afetiva, mas mantinha uma cisma ciumenta com o cearense. Saíram l

  • Golfinhos

    Samara gostou muito do que ouviu, que eles tinham a aceitação do pai, aquilo tudo era maravilhoso e ainda mais o que ele havia dito sobre formarem uma família. — Eu não era mais um peixe, era uma pomba lerda... um pombo perdido no mar, encontrei a boca de um vulcão dormindo, a boca de chaminé, uma boca grande... não havia fumaça então desci para procurar um pequeno arbusto furando a rocha, algum pedregulho que cresceu na parede, algum buraco pra ficar... lá pelo meio da garganta a luz foi sumindo, eu olhei e vi se fechando com dentes, era uma boca, estava engolido. Só consegui sair quando era homem, eu era o profeta Jonas e não precisei das asas... Isso eu tinha consciência, eu devia a Janaína e iria pedir uma marcação do tempo nos atabaques, que o tempo passou, tempo propício para tudo em volta crescer em seu ciclo, crescer ao reunirmos, crescer no últero do amor, crescer, se for encontro, em família. Eu antes era o medo e a dúvida, mas agora o amor é quem define o meu rit

  • Guaiamuns

    E Queiroz narrou: Os tempos de Deus, do inconsciente, sei lá, não é o nosso tempo. Como dizia o expadre o tempo de Deus é uma constante, é pra já, é agora. Todo esse tempo eu acreditava que era um com Edileusa, mas eu era um pequeno guaiamum. Nós éramos o guaiamum de dois corpos, um bicho estranho, não éramos um só corpo, éramos dois corpos ligados por um bracinho sem presa, sem pinça, nem nada, era uma carapaça ligada na outra. Então o que se achou mais forte usou a pinça pra separar o outro. Nós dois não saímos mortos, mas feridos, não sabia se cada um tinha garra ou pinça, isso só quando encontrar, podemos ferir um ao outro demais. Queria descansar no meu mangue, lá mesmo via Nereidas Negras e Ondinas, cê besta? Encontrei as ideias nos livros que li como queria, mas as palavras não se transformavam em alguém de verdade. Hoje eu encontrei com Janaína, eu era um peixe escamudo e ela apareceu, estava numa liteira que saiu do mar, uma meia dúzia de pescadores, seus ma

  • Manguezais

    Chegaram em São Félix com o sol no "cocuruto" do céu. Estava quente no caldeirão do Recôncavo como se estivessem na beira do fogão esquentando a água do café. O vento havia ido visitar Cachoeira exatamente no momento em que cruzavam a Ponte de Ferro do Paraguaçu. E aquela é uma região baixa no curso do rio, o vento, quando desce, só passa de um canto baixo para o outro. O cortejo do Divino havia dispersado horas atrás, eles o haviam seguido desejosos que Queiroz voltasse para acompanhá-lo ou talvez agradecer ao imperadorzinho a sua libertação. Eles escolheram uma pensão bem familiar perto da Ponte. Algo estava incomodando Samara: Ceará teria ideias suicidas? Logo pediu a Edvaldo que fossem até a Ponte “Só pra espairecer um pouco”, disse. E Edvaldo viu que fazia sentido. Enquanto e até onde puderam, dirigiram e caminharam a pé procurando Queiroz. Acharam naquela madrugada um lugar de paz nas margens do rio Paraguaçu. O céu estava coberto por uma fina

  • Dionísio

    Após terem passado a noite na residência do tio Dionísio, o único tio materno que Samara conhecia, durante o café da manhã, ouviram um depoimento dele, que falava-lhes de maneira cadenciada e sem emoção: — Tava doidio. Meu caçula quis ir lá dar de cipó caboclo nele, mas eu não deixei. Pois é novo, mas não sei quem ele puxou brabo assim. Eu mesmo pra sair do meu sério, homem, tem que o caba aporrinhar demais. Eu dei a voz pra ele, que deixasse comigo e que fosse pra casa da vó. E assunte só que eu tenho mais filho que não é gente, mas que tá de viagem com ‘os boi' em Terra Nova. Mas seu moço; ele deu sorte. Eu também já tava perdendo a paciência, mas lembrei dessa menina e fiquei com pena. Dona senhora aí, achou que era coisa do cão, e ascendeu uma vela e foi rezar. Além do depoimento durante o café da manhã, Dionísio ainda arrastou Samara em um canto para falar de Queiroz, talvez para não ficar constrangido sobre a própria atuação e a de Queiroz: — O que dizi

  • Cachoeira

    Chegaram em Cachoeira e Edvaldo diminuiu o quanto pode a velocidade. Samara estava encostada numa das pernas de Edvaldo. Ela acordou com um solavanco da caminhonete. Levantou em tempo de ver o rio: — Olha o Paraguaçu! Edvaldo não conhecia Cachoeira ainda e até se esqueceu que era a terra de Salustiano. Só tinha, no máximo, no Recôncavo Baiano, ido até Santo Amaro da Purificação. Samara, com oito anos tinha ido conhecer sua avó, a mãe de Edileusa, e, por isso, constatou que lembrava em parte daquela paisagem em meio aos casarões antigos que, na altura do Paço Municipal, transformavam a área da cidade em um grande Pelourinho. O asfalto estava molhado na entrada da cidade e logo depois, um pouco mais à frente, o calçamento estava também como sabão e Edvaldo diminuiu ainda mais a velocidade. A caminhonete desfilava pela margem do Paraguaçu e a busca se transformou em um passeio turístico romântico. Samara como guia do quebra-cabeças de suas rem

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42 chapters
Prólogo
Pai Bom, Pai Ruim/Moises Ferreira
Reconhecer o brasileiro e refletir a sua complexidade é lançar olhares para esse trágico muito particular e se deixar, quase que por compulsão, contar essas histórias.Em um período de dois anos que trabalhei no interior do estado do Ceará pude reconhecer a densidade que está nos teares do cotidiano. Traços marcantes foram saltando aos olhos, nas relações entre as pessoas, nas famílias, no patrimônio cultural, nas relações do povo com seus políticos. Assim, reconheci outro povo diferente da minha terra natal. Um povo, o mesmo povo, taxista, caminhoneiro, sapateiro, caixa de mercado, gari, as mesmas pessoas do meu antigo cotidiano, mas outros. São batalhadores do tempo e donos das suas verdades defendidas nesse vasto território. Cidadãos do encontro, outros no meu retorno, que muitas vezes eram pouco notados. Esses que, na história da nossa
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Barroquinha
Pai Bom, Pai Ruim/Moises Ferreira
Tudo lhe parecia novo, um novo cenário mostrava aquele espaço que tantas vezes ele vira com outros olhos. Era outra maneira de sentir e amar a vida. Ele não via mais como se de fora, mas como se estivesse à porta de entrada para a cena. Não mais como um intruso e sim como uma vitalina que se delicia em ver, sem nada dizer, sem ter que responder nada, apenas repousar na imagem que hora se desenha.Ali no terminal da Barroquinha, ele presenciou pelejas, desafios, rinhas e birras das mais diversas escolas e clãs de capoeiristas da Bahia; eram magotes que vinham desde o Canta Galo, Ribeira, Central do São Caetano, Engenho Velho, Vasco da Gama, até a Vinte Oito de Setembro e Maciel. Nesses episódios, “o pau comia”, muitas vezes com bênçãos, aús e martelos, sem uso de “pau de fogo” ou qualquer outra arma, pois era uma desonra para qualquer mestre de capoeira saber que u
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Salustiano e Jerusa
Pai Bom, Pai Ruim/Moises Ferreira
Era o casal Boamorte, vindos de Irecê para Salvador, ou para a Bahia, como dizia Salustiano, ignorando que Irecê também “é a Bahia”. Salustiano Boamorte saiu da terra do feijão alegando insucesso pelas sucessivas quebras de safra. Mas sempre recebeu incentivos, principalmente de Fernando seu sogro, que adquiriu fama e fortuna com o cultivo do grão, mas a exposição ao sol também lhe rendera outra herança: pústulas, fissuras na pele e erupções cutâneas que muito temor lhe causavam e suspeitas da doença maldita. Ele, investiu em outros irmãos de Jerusa, mas acreditou também nos apelos de Salustiano, com seu jeito esporreteado, muito confundida por ele com sinceridade, mas que não lograra êxito igual em Cachoeira, sua terra natal onde todos sabiam da sua real fama. Em Irecê, recebeu um dote de vinte hectares de terra, que ele já cuidava antes mesmo de casar com Jerusa, nas folgas de suas viagens para Salvador com carradas de feijão e milho, que vendia em Água de Menino
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O Menino Henry
Pai Bom, Pai Ruim/Moises Ferreira
Com três anos de casados e já fixos em Salvador, o próprio Salustiano passou a se incomodar, por Jerusa nem um muxoxo fazer por não ter filho. “A mulher parece oca”, desenrolava da mente irritada. Mas nunca em lugar algum ou circunstância alguma falava de sua esposa; nada em contrário. Porém, passou a amadurecer a possibilidade de uma adoção. Pensava ser “uma boa solução”, pois não queria muito laço afetivo nessa relação de pai e filho. Queria algo parecido com o que ele sentia em contato com as crias de Natividade, que era algo até de certa forma agradável. Vez ou outra, ela precisava levar um ou outro filho até Brotas e deixava “meia dúzia” em Mata Escura, “sabe lá com quem”, Salustiano pensava e se ria. Quando ela falava com seu vozeirão que deixou com “a menina”, ele dizia “mas que peste de menina será essa, é alguma empregada”, pois entendia que era muito pouco o que pagava a ela, mesmo com o que era vendido na porta do corredor da casa. Por outro lado, de uma maneira espírita,
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Beija Mão
Pai Bom, Pai Ruim/Moises Ferreira
Chegou a manhã de quarta, após a excelente noite de sono, quando chegou da Terça de Benção no Pelourinho. O retorno de Edvaldo para Salvador fora de um pedido feito por sua mãe em um sonho que tivera com ela, se apresentando na figura de Oya, numa noite tempestuosa, flutuado acima da Rua da Poeira, apontando a residência de Queiroz e dizendo “volte filho”. Até o seu retorno, aquela frase ecoou entre os ouvidos de Edvaldo. Salustiano não estava bem. Tinha problemas renais sérios. Nada que alguém pudesse dizer que estava nas últimas, mas Escalabau entendia que o casal Boamorte era “só ele só”. Natividade já havia tempo que não morava mais com eles. Entendia que a preocupação de Jerusa era exagerada, mas não queria deixar os dois assim tão sós. O pai já tinha sua aposentadoria, um pé de meia suficiente para sua terceira idade. Porém, ficar à mercê de secretárias, que faziam um bom trabalho, mas que não supriam a falta de um filho era deprimente para tod
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Viúva Cinco Vezes
Pai Bom, Pai Ruim/Moises Ferreira
Os nativos acreditam que tudo que acontece na Bahia é verdade; nem que seja lá no fundo, bem no fundo. Nunca é invenção. Dizem que, às vezes, apenas, pode ter um pouco de exagero, mas sempre no final se encontra provas de modo a tornar fidedigno o relato de qualquer acontecido. Rosa era magricela, Natividade era corpulenta, das duas se diziam que eram “cabeças feitas”. Esse termo, “cabeça feita”, nasceu na Bahia, diga-se de passagem. Como também ao se dizer “fulano está bolado”, pois é comum em algum momento na vida do baiano, este “bolar no santo”. Filhas de Rio Fundo, também no recôncavo baiano, as duas irmãs passaram parte de suas infâncias em arredores de Feira de Santana e ainda mocinhas começaram a visitar o município de Lauro de Freitas em caravana ou pau de arara para Roda de Santo na Itinga. Eram unidas, mesmo sendo de naturezas diferentes. Natividade era responsável e de quase nenhuma brincadeira. Rosa era espalhafatosa e moleca e até quando era
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A Volta
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Naquela manhã ele não queria moto nem carro; iria andando. Passaria no Dique do Tororó e também pelo estádio da Fonte Nova e depois decidiria o restante do percurso até o Santo Antônio, onde saberia notícias de Queiroz, chamado por ele de “Ceará” e lá também era conhecido como “Pai Véi”. Na Bahia sempre fora assim, se quisesse ser celebridade teria que ter mais de um nome. Pelo menos um na Cidade Alta e outro na Baixa pra que as pessoas entendessem que teria tantas histórias que precisaria de vidas paralelas, dois nomes, assim por diante... Saltou um pouco mais de hora no Aquidabã e subiu rumo ao Santo Antônio. Tinha motivos para não ver Samara agora. E era quase certo que Queiroz não estaria na Rua da Poeira. Passando em frente ao Sanatório São Paulo sentiu arrepios ao ver as seteiras pontiagudas na entrada. A mínima visão do pátio lhe causava desgosto e agonia quase na forma de pânico. O sol estava a pino e ele logo ao chegar ao largo do Santo Antônio foi
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Queiroz
Pai Bom, Pai Ruim/Moises Ferreira
Mais ou menos na época em que Edvaldo foi em busca de sua mãe legítima em Feira de Santana, ele conhecera Queiroz na Biblioteca Central dos Barris. Estava realmente confuso.Ele e Neto seu colega ainda de ginásio, passaram apenas a variar nas salas e praças da biblioteca. Era um local charmoso para encontros juvenis furtivos, esse era o principal atrativo da biblioteca para Henry. Inventava pesquisas para namorar nos corredores, elevadores e bancos da centenária instituição.Muito embora vivesse o processo esperado de auto-afirmação de um adolescente, era visto como carismático e elegante com seus um metro e oitenta de altura. Mantinha um jeito descolado e manhoso que seduzia bibliotecárias de várias idades. Era, ao mesmo tempo, marrento e tinha um andar de jogador de futebol. Tinha todos os trejeitos, parecia querer imitar seu jogador predileto. Ele até vivia com a m&atil
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Crises
Pai Bom, Pai Ruim/Moises Ferreira
O que estava acontecendo agora com Edvaldo era quase uma repetição de anos anteriores, quando ele decidiu se aventurar no Sul do país. Queiroz em crise e ele subindo e descendo ladeira para proteger o amigo, que engolira antidepressivos entre suas cachaças; por uma desculpa de que não desistiria de Edileusa, nas suas palavras, “uma alma gêmea”. Quando em crise, Queiroz costumava dizer que perdera a chance de ser feliz com a sua “alma gêmea” de existências passadas, mas, agora, ele não iria perdê-la novamente. Essa era a única teoria do cearense que Edvaldo rejeitava por completo, para ele era uma fraqueza sua; um orgulho seu não reconhecer que não dava mais, que “ela tá noutra” e que ele não devia “fantasiar tanto a essa altura do campeonato”. Dizia Edvaldo: — Venha cá, Pai Véi, que cearense bimba é você? Que homem é esse, misturando crença com mulé, cachaça e as porra toda? E realmente ninguém entendia; Edvaldo e Samara eram os únicos que se preocupava com
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Um Selinho
Pai Bom, Pai Ruim/Moises Ferreira
Naquela época, para surpresa de Edvaldo, o cearense não se preocupava em nada sobre a vida sentimental de Samara, se ela tinha algum namorado. Edvaldo, que vez ou outra se achava pensando sobre isso; que, ela ainda mais nova, não era “assanhada para o lado de namoro”. Entendia que Samara tinha a excelente educação que Queiroz lhe proporcionara mas tinha o pensamento torto de que “a menina baiana sempre fora e seria assim, com o quadril solto para saçaricar, mas nem sempre namoradeira”, e Samara era desse jeito, pois já fizera balé e sacudia o esqueleto em qualquer ritmo, mas para namorado ou falar de rapaz, nunca ouvira e para sua surpresa, Queiroz que era um autêntico “Pai Véi”, nesse quesito “nem tava aí nem tava chegando”. Uma vez quando ela tinha quatorze anos, mais ou menos, Edvaldo perguntou ao pai sobre o assunto e Queiroz respondeu “tá preocupado, macho? Nem eu…” e ele disse “não é pra tá?”, pois tinha receio que a menina fosse como a mãe e, na sua linha de raciocín
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