Após uma noite de paixão proibida com seu tio por afinidade, Lucian Avery, Florence Winters viveu oito anos de sofrimento implacável. Quando ela decidiu tirar a própria vida, segurando nas mãos as cinzas da filha que perdeu, Lucian estava ocupado organizando uma luxuosa festa de aniversário para o filho de sua eterna paixão, Daphne Gonçalves. Mas, contra todas as probabilidades, Florence recebe uma segunda chance. Ao abrir os olhos em sua vida passada, ela renasce com um único propósito: fazer Lucian pagar por cada lágrima que derramou! Na vida passada, Florence tentou desesperadamente se explicar, mas Lucian a acusou de tê-lo drogado e seduzido com segundas intenções. Nesta vida, ela faz questão de se afastar dele publicamente e deixar claro que não quer nada com ele! Na vida passada, Daphne roubou as obras de Florence e Lucian a defendeu, afirmando que Florence era apenas uma invejosa. Nesta vida, Florence pisa em Daphne sem piedade e sobe ao palco para receber os aplausos que merecia! Na vida passada, Florence foi falsamente acusada de atacar Daphne, e Lucian, cego pelo favoritismo, sempre tomou o lado da mulher que dizia amar. Nesta vida, Florence devolve cada golpe com força redobrada, humilhando Daphne sem piedade! Lucian sempre achou que o amor de Florence por ele era eterno, algo que ele podia tomar como garantido. Mas, ao vê-la partir sem olhar para trás, ele finalmente percebe que a perdeu para sempre. Desesperado e vulnerável como nunca, o outrora arrogante Lucian segura sua mão, com os olhos vermelhos de arrependimento, e implora: — Florence, por favor... Não me deixe. Me leve com você, eu faço qualquer coisa!
Ler maisFlorence lançou um olhar frio às pessoas à sua frente, deixando seu olhar fixo no policial de meia-idade diante dela. — Você é o tio da Milena, né? — Estou apenas cumprindo meu dever de forma imparcial e com base em provas. Espero que entenda. — Ele não respondeu diretamente à pergunta de Florence. Endireitou as costas, como se quisesse parecer ainda mais íntegro. Mas o olhar rápido que ele lançou para Milena o entregou completamente. Florence soltou uma risada leve. — Desculpe, mas discordo do seu "cumprimento de dever". Eu mal acabei de fazer a denúncia, e a Milena já conseguiu todos os laudos médicos, enquanto os meus ainda não foram concluídos. A Milena é mesmo uma vidente, não acha? Além disso, vocês, policiais, nem sequer tomaram meu depoimento. Desde quando uma denúncia da vítima é baseada apenas no que o acusado afirma? Sobre o laudo psiquiátrico, sempre colaborei com o tratamento e, no sistema médico atual, meu quadro está como "curado". Então como eu poderia ter um
— Alô. — Florence, sou da polícia. Estou na sua enfermaria. Onde você está? — A voz do outro lado era grave, mas carregava um tom de impaciência. Florence pensou que, a essa altura, já era tarde. Os policiais haviam sido chamados e não a encontraram, o que explicava a irritação. — Desculpe, já estou indo. — Seja rápida. Ao desligar o celular, Florence aproveitou para empurrar Lucian e enfiou a jaqueta no peito dele. — Tio, preciso ir. — Ela evitou olhar para Lucian e se virou, saindo quase correndo. Lucian ficou parado, observando a silhueta dela desaparecer no corredor. Seu celular vibrou no bolso. Ele deu uma olhada na mensagem e seus olhos ficaram ainda mais frios. Sem dizer nada, ele deixou a escadaria. ... Florence empurrou a porta da enfermaria, esperando encontrar os policiais que a aguardavam. Mas, para sua surpresa, além deles, Milena estava ali, sentada em uma cadeira de rodas, com os braços e pernas cheios de ataduras. Milena parecia gravemente ferida,
A mão do homem, longa e firme, deslizou pelo pulso de Florence, avançando até sua palma e entrelaçando seus dedos com os dela. Ele apertou levemente, puxando-a para seu peito. Florence ficou paralisada e, lentamente, ergueu o olhar. Lucian estava muito próximo, inclinado sobre ela, com os olhos fixos nos seus. Os olhos dele eram profundos como o céu noturno, salpicados de pequenas estrelas que pareciam infinitas. Era uma visão que ao mesmo tempo assustava e atraía. Sob aquele olhar, o coração de Florence se apertou com força. Em sua mente, ecoou a doce voz de sua filha, suave como algodão. — Mamãe, por que meu nome é Estela? — Porque seus olhos são tão lindos quanto o céu estrelado, como os do seu pai. No silêncio daquele olhar intenso e prolongado, os olhos de Florence começaram a se encher de lágrimas, borrando sua visão. Ela não queria que ele visse sua fragilidade, então desviou rapidamente o olhar para baixo. No instante seguinte, uma jaqueta masculina foi colocada s
Mas Florence tinha coisas mais importantes para fazer agora. Se realmente fosse à polícia, precisaria primeiro passar pelo exame de corpo de delito. Ela precisava verificar o que ainda faltava em seu laudo médico. Ao descer da cama, Florence mal conseguiu se manter em pé. Suas pernas estavam fracas, mas ela mordeu o lábio e, com esforço, começou a caminhar, passo a passo, em direção ao consultório médico. No entanto, antes que ela pudesse chegar, a porta do consultório foi aberta com força por alguém que saiu apressado. Fernando, falando ao celular, passou correndo: — Você tá louco? Quer morrer? Que ideia mais absurda! Ele parecia tão apressado que nem percebeu Florence ali, parada no corredor, observando sua figura desaparecer à frente. Florence olhou para as costas de Fernando e, por um momento, lembrou-se daquele homem que havia fugido do vestiário. A figura parecia com ele, mas, ao mesmo tempo, havia algo diferente. Ela não conseguia tirar da cabeça que Fernando havia
A enfermeira se apressou em recolocar o soro em Florence, ajeitando tudo com cuidado. Depois, Lucian lançou um olhar direto para Fernando. — Sai. Fernando, ainda segurando o abdômen e massageando o braço que Lucian havia puxado com força, resmungou: — Isso aqui conta como acidente de trabalho, tá bom? A porta do quarto se fechou lentamente, deixando apenas Florence e Lucian no ambiente. Florence, voltando aos poucos à realidade, tentou se desvencilhar do abraço do homem, mas ele a segurou firme por trás. O peito quente dele, com uma presença forte e dominadora, a envolvia completamente. Ele falou com a voz baixa e fria: — Você já sabia que ela viria atrás de você? — Eu não sabia. Você mesmo não vive dizendo que eu não sou inteligente o suficiente? Como eu adivinharia o que se passa na cabeça dos outros? — Florence respondeu em um tom baixo. — Ainda quer discutir? Lucian estava sentado atrás dela, e, apesar de Florence não conseguir ver sua expressão, o tom de voz ne
Era Fernando! O homem congelou por um instante. — Você me conhece? Florence desviou o olhar rapidamente e balançou a cabeça, sua voz trêmula carregando um tom de súplica: — Eu não sei de nada, de verdade. Por que a Milena não acredita em mim? Ela não podia admitir que o reconhecia. Talvez, assim, ainda houvesse uma pequena chance de escapar. O homem soltou uma gargalhada sarcástica. — Então, quando encontrar ela no inferno, peça explicações. Ele levantou a barra de ferro, pronto para desferir o golpe. Florence, instintivamente, encolheu o corpo, fechando os olhos com força. Mas, quase ao mesmo tempo, o homem foi arremessado como se fosse um boneco, colidindo com os armários de metal do vestiário. Os armários caíram em sequência com um estrondo ensurdecedor, derrubando também as tábuas que bloqueavam a janela. A luz da lua entrou pela abertura, iluminando o ambiente destruído. A silhueta de um homem surgiu, alongada pela luz. O sangue escorria de seus punhos, tingind
Os capangas entregaram a bolsa para Milena, e Florence rapidamente informou a senha de desbloqueio. Milena vasculhou todo o conteúdo do celular e do computador de Florence. Só encontrou arquivos relacionados ao trabalho e conversas casuais. Não havia qualquer vestígio de vídeos ou fotos comprometedoras. Milena franziu levemente as sobrancelhas, ainda desconfiada. Enquanto isso, Florence, submersa na água, usava um pedaço de azulejo quebrado para cortar as cordas que a prendiam. Ela continuou falando, tentando distrair Milena: — Se você acha que eu ainda estou escondendo algo, pode pedir para alguém que entende de tecnologia fazer uma busca mais profunda no celular e no computador. Milena considerou a sugestão e fez exatamente isso. Enquanto um dos homens conectava os aparelhos e iniciava a busca, Florence sentiu um leve alívio. Ela sabia que seus dispositivos estavam cheios de arquivos da faculdade, incluindo projetos e rascunhos de design, o que tornaria a análise demorada
Florence mordeu os dentes com força, tentando se acalmar. — Vídeos? Foi a Daphne que te contou isso, não foi? Não me surpreende que você tenha sido enganada por ela até acabar sem nada. No fundo, você é mesmo fácil de manipular! — Você! — Milena gritou, os olhos brilhando de raiva. — Parece que se eu não te der uma lição, você vai continuar achando que estou brincando. Sabe quem cuida da segurança desse bairro? Meu pai. Se eu quiser, você simplesmente desaparece do mapa. — Então é assim que o seu pai exerce o cargo de autoridade? Não me admira que a família Thompson tenha tanto a esconder. Parece que vocês nunca hesitaram em fazer sujeira. — Florence respondeu com um sorriso frio. Milena ficou imóvel por um instante, mas a crueldade em seu rosto ficou ainda mais evidente. — Joguem ela na água de novo! O corpo de Florence foi novamente jogado no fétido e escuro fundo da piscina. A cena se repetiu várias vezes, até que ela quase se afogasse. Quando finalmente a puxaram de v
Milena passou a noite toda focada em Fernando e só então percebeu que as roupas de Daphne eram exatamente iguais às da mulher do vídeo. — Você… — Milena estreitou os olhos, encarando Daphne com desconfiança. Daphne arregalou os olhos, fingindo pavor. — Você não está achando que fui eu, está? Eu estou com o Lucian! O olhar de Milena vagou, hesitante, sem saber se acreditava ou não. Fernando jogou o cigarro no chão e o esmagou com força, pisando várias vezes. — Parece que isso foi uma armadilha para incriminar a Daphne. Milena foi só usada. Daphne, você tem ideia de quem pode querer te prejudicar? Daphne abaixou a cabeça, como se estivesse pensando profundamente, antes de murmurar: — Será que foi a Florence? Ela fez uma pausa dramática, depois continuou: — É verdade que tivemos alguns desentendimentos, mas não imaginei que ela fosse capaz de usar a Milena assim. Será que ela tem outros vídeos falsos como esse? E se ela publicar na internet? Como vamos encarar isso?