Cecília estava sentada no jardim, com uma manta sobre os ombros e uma xícara de chá nas mãos. Os olhos ainda levemente marejados depois da noite anterior. Samara apareceu com Lorenzon no colo, e ao ver a amiga naquele estado, sentou-se ao seu lado com um sorriso suave.
— “Você também não conseguiu dormir direito, né?” — Samara perguntou.
Cecília balançou a cabeça negativamente, olhando para o horizonte. — “A dor da Isadora tá aqui… grudada em mim. E eu fico pensando que a gente pode fazer mais.”
Samara suspirou, balançando Lorenzon que brincava com os dedinhos. — “Eu também pensei nisso. E tive uma ideia...”
As duas se entreolharam e, como se lessem o pensamento uma da outra, falaram quase juntas:
— “Trazer ela pro condomínio.”
Riram, mesmo que fosse um riso leve, quase tímido diante do peso do momento. Samara completou:
— “Aqui ela estaria mais segura. Com a gente por perto. E... a casa anexa onde você ficou quando chegou poderia ser o lugar perfeito. Ela teria privacidade, mas também