Já era tarde da noite quando Fellipo chegou. Os olhos cansados pela missão finalizada, os ombros ainda tensos da responsabilidade, mas o coração leve por saber que em casa o esperava sua paz. Sua Cecília.
Ela estava deitada na cama, já em meio ao sono, os cabelos espalhados sobre o travesseiro, a camisola marcando de leve o ventre cada vez mais arredondado. Fellipo se despiu silenciosamente, deitando-se ao lado dela. Encostou o rosto entre os fios de cabelo dela, inalando o perfume familiar que o fazia esquecer do mundo lá fora.
Mas assim que os braços dele a envolveram, Cecília se virou repentinamente com os olhos bem abertos:
— “Amor…” — ela disse, com uma carinha indecifrável.
— “Hm?” — ele murmurou, sonolento.
— “Me deu vontade de comer brigadeiro… com maçã picada… e cobertura de chocolate quente por cima.”
Fellipo arregalou os olhos.
— “O quê?! Isso é real? Ou você sonhou?”
— “REAL. E é URGENTE.” — ela dizia com uma expressão seríssima, como se fosse questão de vida ou morte