O céu parecia ter descido até encostar na terra, pesado, denso, carregado de nuvens tão escuras que mais pareciam fumaça. O ar estava impregnado de cheiro de lobo, de terra revirada, de sangue recém-derramado. Rebecca respirou fundo, sentindo cada partícula daquele mundo prestes a ruir penetrar em seus pulmões. A clareira onde tudo começou já não existia como lembrança tranquila; agora era um campo de batalha em formação, e cada silhueta que surgia entre as árvores carregava consigo uma história, uma matilha, uma escolha.

Ela sentia a Luz Lunar queimando sob a pele, em resposta ao que estava por vir. Sua magia não estava silenciosa, não mais. Era um rugido, uma pulsação constante, uma promessa de que nada seria pequeno a partir daquele momento.

Ao seu lado, Danilo observava o horizonte, com o maxilar travado, os olhos verdes cortando a escuridão como lâminas. O peso de ser Alfa nunca pareceu tão visível quanto naquela noite. Os ombros largos carregavam não apenas o destino da própria