Lyra manteve o olhar fixo no dele. Seu coração batia forte, mas sua expressão era séria. Os olhos brilhavam com algo que River não sabia decifrar, força, medo, desejo, dúvida... talvez tudo junto.
O supremo levantou uma das mãos devagar e a levou ao rosto dela, roçando os dedos com cuidado sobre sua bochecha. Lyra não se afastou, apenas o observava, o maxilar tenso, os lábios entreabertos.
— Não vou forçar você a nada — disse ele, a voz rouca e baixa. — Mas quero que saiba que, pra mim, seria uma honra poder ser seu companheiro. Não só por instinto ou por destino... mas porque eu quero. Porque eu escolho você e porque estou pronto, Lyra, pra amar você, pra cuidar de você, pra ser tudo o que você precisar... se me permitir.
A respiração dela falhou por um instante, mas não disse nada.
E também não se afastou.
A resposta não veio em palavras.
Veio no olhar intenso de Lyra, que se manteve preso ao dele, firme e trêmulo ao mesmo tempo. Havia uma tempestade dentro dela, e River viu isso. P