O soldado alto, de postura impecável e olhos castanhos curiosos, apareceu carregando uma caixa de garrafas.
— Senhoritas — ele disse, inclinando a cabeça. — Imagino que este seja o local correto para deixar isso?
Clarissa travou, analisando-o da cabeça aos pés como se estivesse vendo uma obra de arte exótica. Até porque ele não precisa carregar nada, esse papel era dos marujos, mas ele pareceu não se importar.
Eu pigarreei.
— Sim — respondi. — Pode colocar na mesa secundária.
Ele se aproximou, os passos firmes, sem pressa.
— Esta é uma festa impressionante — Montenegro comentou, ajeitando a caixa. — Parece que o navio inteiro foi transformado.
— Quando o William chega, tudo muda — Clarissa disse com ironia venenosa, mas educada o suficiente para não parecer desrespeitosa.
Montenegro arqueou uma sobrancelha, desconfiado, ou curioso. Não sabia dizer.
— Vocês o conhecem bem?
— Ela conhece melhor — Clarissa disse rapidamente, apontando para mim. — Falou com uma risadinha.
Eu