Eu saio com ele, claro. Porque eu não sou de recuar, e muito menos de perder um jogo.
Thomas abre a porta do carro para mim, e eu entro, cruzando as pernas bem devagar, sabendo muito bem que ele está me observando.
Quando ele dá a volta e senta ao volante, eu já sinto o ar pesado entre nós.
— Para onde estamos indo? — pergunto, fingindo casualidade.
Thomas me encara por um instante, um sorrisinho diabólico se formando no canto da boca.
— Você confia em mim para descobrir?
Não. Nem um pouco.
Mas também não sou mulher de fugir do perigo.
— Não. Mas isso não vai me impedir de ir.
Ele ri, balançando a cabeça, e acelera o carro.
Eu me encosto no banco, mantendo a expressão indiferente, porque esse homem não vai perceber que está começando a me afetar. Não ainda.
Chegamos a um hotel. Um hotel luxuoso, discreto, digno de um Montserrat. Minha mente grita que eu deveria dizer alguma coisa. Perguntar por que viemos aqui e fingir surpresa. Mas Thomas apenas sai do carro, dá a volta e abre a porta