A noite estava quente, abafada, e o calor parecia ainda mais intenso quando saí do restaurante e vi Thomas encostado em seu carro, os braços cruzados sobre o peito, a expressão sombria e tensa. Ele me esperava.
E eu sabia, pelo olhar carregado dele, que não seria uma conversa tranquila.
— O que foi essa palhaçada, Savannah? — ele perguntou, sem rodeios, antes mesmo que eu pudesse me aproximar completamente.
Eu o encarei, mantendo minha expressão impassível, mesmo que por dentro meu coração estivesse disparado.
— Não faço ideia do que você está falando, Thomas.
— Não? — Ele soltou uma risada seca, empurrando-se do carro e diminuindo a distância entre nós em um passo lento e predador. — Você quer me dizer que foi coincidência estar aqui, vestida desse jeito, com aquele babaca te devorando com os olhos?
— E se for? — arqueei uma sobrancelha, sem recuar. — Desde quando eu preciso da sua permissão para sair, Thomas? Desde quando você tem esse direito?
Os olhos dele arderam em