O sol da manhã atravessava as amplas janelas de vidro do Grupo Bragança, tingindo de dourado os móveis elegantes da sala de Luna. Era quarta-feira, e mesmo com a agenda cheia, ela se permitiu alguns minutos a mais diante do espelho para ajeitar os fios soltos do cabelo e conferir o batom discreto que usava. O reflexo devolvia uma mulher serena, mas determinada.
Luna desceu para o primeiro andar, onde uma reunião com o setor de responsabilidade social a aguardava. Ao passar pela recepção, trocou sorrisos e cumprimentos com os funcionários, como já era costume. O clima na empresa estava diferente desde que ela e Leonel assumiram seus sentimentos — mais leve, mais unido, quase como uma engrenagem que enfim se encaixava.
Na sala de reuniões, Júlia e outros três líderes a aguardavam com pastas e planilhas. A pauta do dia era o impacto dos projetos de capacitação profissional em comunidades periféricas.
— Estamos com bons números, Luna — Júlia começou. — A média de inserção no mercado de tr