O sol mal começava a surgir no horizonte quando Luna despertou, espreguiçando-se preguiçosamente sob os lençóis amassados e ainda com o cheiro de Leonel impregnado no ar. Seus músculos doíam de maneira deliciosa, lembrando-a de cada toque, cada investida, cada suspiro arrancado na noite anterior. Um sorriso se formou em seus lábios antes mesmo de abrir os olhos.
Mas o lado da cama onde Leonel havia dormido estava vazio.
Ela se sentou rapidamente, o coração acelerando em um aviso silencioso. Vestiu a camisa dele às pressas e desceu as escadas, chamando seu nome com a voz rouca de sono:
— Leonel?
Nenhuma resposta. A casa parecia vazia demais, silenciosa demais.
Na cozinha, encontrou uma caneca de café ainda quente, repousando sobre a bancada com um bilhete preso sob ela. O papel tremia levemente entre os dedos dela enquanto lia, sentindo o peito apertar a cada palavra:
“Fui resolver o que devia ter encerrado há muito tempo. Não quero você no meio disso. Me espere. Confie em mim. — L.”
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