O calor da lareira ainda iluminava suavemente o ambiente quando Luna despertou, envolta nos braços de Leonel. O peito firme dele subia e descia lentamente sob sua bochecha, e a sensação de segurança era quase irreal. Pela primeira vez, ela sentia que ali existia um espaço só deles — onde o mundo externo, com seus julgamentos e perigos, não poderia alcançá-los.
Ela ergueu o rosto e o observou em silêncio. Os traços másculos, os cílios longos, a barba por fazer... Cada detalhe nele era uma tentação. Mas era o que havia por dentro que agora a cativava: o homem por trás do bilionário. O filho ferido. O amante intenso. O companheiro que, pouco a pouco, aprendia a amar.
— Está me olhando desse jeito por quê? — ele murmurou, a voz rouca pelo sono, abrindo os olhos devagar.
— Porque você fica ainda mais bonito assim, vulnerável.
Leonel sorriu, e aquele sorriso torto, preguiçoso, mexeu com cada célula do corpo dela.
— Se continuar me olhando assim, vou ter que te amar de novo.
— E se eu quiser