O ar parecia mais denso naquela manhã. A cidade acordava em um ritmo lento, como se pressentisse que algo estava para acontecer. No Grupo Bragança, a tensão era quase palpável, mesmo que os corredores seguissem silenciosos, os funcionários fingindo normalidade.
Luna chegou cedo, vestida com sobriedade e os olhos marcados por uma noite mal dormida. Ela trazia em mãos uma nova pasta — informações enviadas pela Polícia Federal nas primeiras horas do dia. Dentro dela, havia a confirmação de algo que ela já suspeitava: Guilherme não estava apenas observando, ele estava se reorganizando. Planejando.
Tiago já a esperava na sala de reuniões reservada. Ao lado dele, estavam dois agentes federais e o novo especialista em segurança cibernética da empresa, Marcos, um jovem de olhar atento e mente afiada.
— Conseguimos rastrear a origem da mensagem — começou Marcos, projetando um mapa digital na tela à frente. — Foi enviada de uma rede privada localizada no Rio de Janeiro. A localização exata é de