O Grupo Bragança acordou em um dia aparentemente normal. O céu ainda estava encoberto, e uma leve neblina pairava sobre os vidros da sede central. No entanto, sob aquela calmaria havia correntes silenciosas prestes a se agitar.
Luna chegou cedo, como de costume, passando primeiro pela recepção da fundação antes de ir ao seu escritório na empresa. Cumprimentou os funcionários com um sorriso calmo e parou na biblioteca, onde Milena lia um livro com expressão compenetrada.
— Posso? — perguntou, apontando para a cadeira ao lado.
Milena assentiu, sem dizer nada. Luna respeitou o silêncio, apenas observando a garota folhear as páginas.
— Esse livro fala de coragem — disse Milena de repente. — Mas não dessas de filmes. Fala da coragem de acordar todo dia e tentar de novo.
Luna sentiu um nó na garganta.
— Essa é a mais difícil, e a mais verdadeira — respondeu suavemente.
No Grupo Bragança, Leonel coordenava a investigação sobre o possível desvio de verbas. A equipe de auditoria interna, lider