Os últimos retoques estavam sendo feitos na sede da Fundação Bragança de Esperança. Pintores finalizavam os murais nas paredes internas, enquanto jardineiros cuidavam dos canteiros recém-instalados na entrada. Era impressionante ver como aquele antigo colégio abandonado agora transbordava vida.
Luna caminhava pelos corredores, inspecionando os detalhes com um brilho nos olhos. Cada ambiente havia sido planejado com esmero: salas coloridas e arejadas para oficinas, uma biblioteca aconchegante com sofás e luz natural, consultórios de atendimento psicológico e um auditório reformado que parecia pronto para acolher sonhos.
Ela entrou na sala de leitura e encontrou Ísis Mendes organizando uma prateleira com livros doados.
— Achei que você estivesse no Grupo Bragança hoje — disse Luna, surpresa.
— Terminei minhas tarefas mais cedo e vim ajudar aqui. Acho que esse lugar está me mudando — respondeu Ísis, sorrindo.
Luna se aproximou e passou os dedos por uma lombada antiga de Machado de Assis.