A noite caiu sobre a cidade como um manto silencioso, escondendo verdades e perigos por trás de luzes cintilantes. No alto do edifício do Grupo Bragança, tudo estava quieto. O som das teclas parara, os corredores estavam vazios, e o silêncio reinava, quebrado apenas pelo zumbido dos aparelhos em standby.
Luna fitava a janela do escritório de Leonel. A vista da cidade parecia imensa demais naquela noite. Era como se o mundo lá fora continuasse girando, indiferente às ameaças, às descobertas e ao medo que começava a se instalar dentro dela.
Leonel entrou devagar, sem avisar, observando a silhueta da esposa recortada pela luz azulada da metrópole.
— Pensei que estivesse em casa — ele disse, tirando o paletó e o jogando sobre a cadeira.
— Não consegui. Meus pensamentos estão acelerados demais.
Ele se aproximou por trás e envolveu sua cintura com os braços, apoiando o queixo em seu ombro.
— Eu também não. Melissa está jogando um jogo perigoso… mas ela sabe que o fim está próximo.
— E se ho