Mundo ficciónIniciar sesiónAs rodas da carroça continuaram a ranger, avançando pelas ruas de terra da vila. O som dos cascos batendo no chão parecia ecoar dentro da cabeça de Helena, como marteladas secas e implacáveis. Rowan já não estava mais em seu campo de visão — só restava o vazio no peito, o eco de sua voz sendo calada à força.
Ela se encolheu mais uma vez, agarrada às barras da pequena jaula de madeira. O frio não vinha do clima, mas do olhar das pessoas que surgiam nas janelas, nas portas, nos becos. Como sombras silenciosas, eles a seguiam com os olhos, alguns murmurando orações, outros cuspindo ao chão ao vê-la passar.
— Feiticeira… — sussurrou uma mulher, agarrando uma criança pelo braço.







