O mundo parecia suspenso no tempo enquanto o casal cavalgava lentamente pela estrada de terra batida. O céu estava tingido de tons suaves de cinza e azul, como se o próprio horizonte estivesse em silêncio, respeitando a dor e o alívio que os dois carregavam nos ombros. A floresta já havia ficado para trás, e agora o caminho se abria em campos ondulados, pontilhados por flores silvestres que dançavam ao vento.
Tristan segurava as rédeas com firmeza, mas seus olhos estavam pesados. As mãos estavam marcadas de sangue seco, os músculos doíam como se cada nervo do corpo tivesse sido retorcido. Helena se apoiava contra ele, os braços ao redor de sua cintura, tentando absorver dele um pouco da força que sempre a salvara — mas também querendo dar a ele um pouco da sua.
O silêncio entre eles não era vazio. Era cheio de significados, de memórias recém-gravadas e feridas ainda abertas.
Quando finalmente pararam sob a sombra de uma árvore frondosa, ambos desceram do cavalo com dificuldade. Helena