Helena caminhou até o altar, sentindo o coração vibrar com cada passo. Seus olhos não deixavam os de Tristan, e quando finalmente chegou diante dele, o mundo pareceu se silenciar por um instante.
Tristan deu um passo à frente, sem conter o sorriso orgulhoso nos lábios. Seus olhos percorriam cada detalhe dela — o vestido vinho colado ao corpo, os ombros marcados pelos bordados, os olhos brilhando de emoção. Era como se a visse pela primeira vez. E ao mesmo tempo, como se já a conhecesse há mil anos.
Sem dizer uma palavra, ele segurou suas mãos com firmeza e levou-as até os lábios, depositando um beijo demorado em cada uma. Seus olhos nunca se desviaram dos dela.
Helena sentiu o calor subir pelo corpo, um calor que nada tinha a ver com vergonha. Era reverência. Era o toque de alguém que via mais do que a aparência — que via a alma.
O som de uma tosse forçada quebrou o momento.
— Que se inicie, então… essa cerimônia — disse Padre Mathias, sua voz carregada de desagrado mal disfarçado.
El