Joaquim a encarou por um momento. Silencioso. Longo o suficiente para que Alina começasse a se
arrepender das palavras. Será que ele não gostou? Será que ficou bravo? Ela nunca sabia onde pisava com aquele homem. Os funcionários cochichavam entre si, mas tentavam disfarçar. O ambiente estava cheio, Mas então, a voz dele veio, rouca e carregada de malícia:
— Bom dia, amor.
Alina quase caiu da cadeira. O rosto corou imediatamente, e seus olhos foram direto para Alice, que tentava disfarçar o riso atrás da xícara de café. Ela definitivamente sabia. Provavelmente desde a noite em que os pegou juntos na cozinha sem querer — e agora só se divertia com o desenrolar da situação.
Alina encarou Joaquim, atônita. Ele, por outro lado, manteve a expressão serena, mas com um brilho
debochado nos olhos. Tomou o café calmamente, em silêncio, como se nada tivesse acontecido. Como se chamar Alina de amor, em público, diante de todos os funcionários, fosse a coisa mais natural do mundo. E, por