Joaquim passou a mão pelos cabelos, nervoso. Suas mãos tremiam levemente, mas ele sustentava o olhar dela, como se precisasse provar que estava falando com o coração aberto.
— Eu fui um idiota. Não tem outra palavra. Eu estraguei tudo no momento que mais precisava mostrar pra você que era diferente. Que com você… é tudo diferente.
Alina cruzou os braços, mas não parecia com raiva. Parecia magoada — o que doía ainda mais nele.
— Aquele lugar, Alina… não é quem eu sou mais. Não desde que você entrou na minha vida. Eu só… nunca pensei que você fosse entrar tão fundo, tão rápido. — Ele deu um riso baixo e triste. — Nunca me preparei pra alguém como você.
Ela desviou o olhar, respirando fundo, tentando conter a onda de sentimentos que ameaçava transbordar.
— Eu sei que aquilo doeu em você. Eu fiquei me perguntando… por que caralho eu não apaguei tudo daquele lugar?
— E porque talvez… uma parte de você tenha vontade de manter aquele lugar. Ou necessidade...
Joaquim engoliu em seco.
— Nãoo