Naquele instante, ele sentiu o sangue sumir das veias. Tudo estava indo tão bem. Logo agora...
— Alina… — tentou de novo, o desespero começando a tomar forma em sua voz.
Ela ergueu a mão, pedindo silêncio.
— Já sei, Joaquim. Eu sou especial. Eu e todas as outras que você provavelmente traz aqui.
Foi como um soco no estômago. Joaquim tentou se aproximar, sem saber o que dizer, a cabeça girando, o peito apertado. Mas ela recuou, firme.
— Não. Só quero ir pra casa. — riu, amarga — Casa…
Ele tentou mais uma vez, engolindo a culpa:
— Alina, me deixa explicar... Você é diferente, eu juro…
— Joaquim, tá tudo bem. Não precisa de um discurso. — cortou ela, pegando sua bolsa com os olhos baixos e os movimentos tensos.
— Vamos pra casa, vamos conversar... por favor. — ele insistiu, o tom quase suplicante.
Alina não disse nada. Apenas abaixou a cabeça em silêncio e começou a recolher suas coisas.
Joaquim sentia o mundo girar. Ele deu um passo para trás, sem coragem de insistir mais. Voltou para o