No ônibus que se dirigia ao sanatório no alto da cidade viajavam várias pacientes consideradas perigosas. Haviam sido condenadas pelos juízes, mas sua saúde mental instável fazia com que fossem transferidas para um local de segurança máxima em vez de cumprir suas sentenças numa prisão comum.
O veículo avançava por uma estrada deserta, escoltado por seis caminhonetes pretas que corriam em alta velocidade atrás dele. De repente, duas dessas caminhonetes aceleraram e se interpuseram no caminho, obrigando o motorista a frear bruscamente. O ônibus balançou violentamente, fazendo com que as detentas, algemadas em seus assentos, se chocassem contra os encostos.
— Que diabos está acontecendo? — perguntou a oficial responsável dentro do ônibus, seu rosto crispado de irritação enquanto se levantava para olhar o motorista.
— Cortaram nosso caminho. Não gosto nada disso — respondeu o homem, com o cenho franzido e os nós dos dedos brancos pela tensão com que segurava o volante.
— Merda! — murmu