Julieta
Meu corpo tremia e sentia que cada palavra que ele dizia apertava mais a corda ao redor do meu pescoço. O desespero me dominava, e minha mente era um turbilhão de pensamentos caóticos que não conseguia controlar.
— Não! — gritei, tentando soar firme. Respirei fundo, fechando os olhos para me manter de pé. As lágrimas queimavam minhas bochechas enquanto as palavras escapavam dos meus lábios. — Está bem... vou com você.
Do outro lado da linha, escutei uma risadinha baixa e zombeteira. A maneira como seu tom destilava superioridade e ironia me enfurecia e aterrorizava ao mesmo tempo.
— Ai, bela flor... — murmurou Dimitri, prolongando as palavras como se gostasse de me torturar com cada sílaba.
Minha garganta se fechava, e mesmo assim consegui replicar, mais com raiva que com coragem:
— Já chega... Me diga onde ir — meu tom estava cansado e derrotado.
Ele suspirou do outro lado, como se eu estivesse esgotando sua paciência.
— Assim que eu gosto... Submissa e linda. Você ser