O tempo, desde a queda de Mahruk, passou a se medir de outra forma. Não mais pelos ciclos lunares nem pelos ventos das estações. Tudo girava agora em torno da vida que crescia dentro de Brianna.
Os dias eram preenchidos com rituais de restauração, reuniões silenciosas entre os sobreviventes e uma nova rotina de trabalho em comunidade. As fendas haviam sido seladas, mas as feridas abertas por elas ainda pulsavam na terra e nas pessoas. Era uma reconstrução não só de pedra e madeira, mas de confiança, de laços, de memórias despedaçadas.
Brianna passava a maior parte do tempo na antiga torre dos Silver, agora reerguida como um símbolo de esperança. Peter e Klaus alternavam sua vigília ao seu lado, cada um encontrando sua forma de cuidar dela e da pequena vida que agora parecia mais rápida em sua evolução do que qualquer entendimento comum poderia explicar.
— Já se move — comentou Brianna certa noite, sentada junto à janela, as mãos sobre o ventre. — E não devía.
Klaus se aproximou com um