O ar da manhã parecia denso, como se o tempo houvesse prendido a respiração. As folhas nas árvores quase não se moviam, e até os animais silenciavam os sons costumeiros. Havia algo pairando no ar — não ameaça, mas expectativa.
Dentro do salão central do Círculo, Brianna sentia o peso dos dias. Sua barriga, agora redonda como uma lua cheia, parecia brilhar com o toque suave do sol matinal. Não havia dor ainda, mas algo em seu corpo dizia que não faltava muito.
Lucian, o velho curandeiro das Terras Altas, murmurava encantamentos antigos sobre poções calmantes e folhas de prata que foram colocadas ao redor do quarto. Ele tinha vivido o bastante para ver fendas se abrirem no céu e reis sucumbirem à loucura, mas nunca havia presenciado um nascimento como o que estava por vir.
— Ela não vem de forma natural — comentou ele, ajustando as ervas ao redor da cama. — Mas isso não é sinal de maldição. É sinal de mudança.
— Uma nova era? — perguntou Klaus, sentado na cadeira ao lado da cama.
Lucian