A noite caiu pesada sobre Raventon.

A floresta ao redor da velha cabana sussurrava em línguas esquecidas, como se pressentisse o que estava prestes a acontecer. Brianna caminhava descalça sobre o solo frio, com os cabelos soltos, os olhos tingidos de magia, e o coração em chamas.

Ela preparara o círculo com precisão: velas negras, sal, ossos de corvo, sangue de serpente e folhas de verbena. No centro, uma tigela de prata, onde agora escorria uma gota de seu próprio sangue, misturada a um fio de vinho e cinzas de sua avó, guardadas desde sua morte.

Um grimório antigo, encadernado em couro escuro e marcado com runas douradas, repousava aberto diante dela. O título, escrito à mão, estremecia quando lido em voz alta:

“Laços de Sangue e Fome Eterna.”

Ela respirou fundo. E começou o encantamento.

— Ad perpetuam memoriam... Ostende mihi veritatem... Aperi portas temporis et animae...

A magia respondeu imediatamente.

Um vento seco atravessou a cabana, apagando todas as velas exceto uma. As ru