O silêncio depois da explosão foi quase mais doloroso do que a batalha. Como o ar antes de uma tempestade, parado e denso.
A clareira estava em ruínas.
Cinzas cobriam o chão. As árvores em volta haviam sido calcinadas até os ossos. Onde antes havia grama e círculos mágicos, agora restavam apenas marcas negras e brasas. A fenda selada por Thanar ainda pulsava fracamente, como uma cicatriz viva.
Brianna se apoiava em Klaus, o corpo latejando de dor. A marca em seu ombro — aquela que queimava quando a magia do Vazio se aproximava — agora irradiava calor como se estivesse em brasa viva. Peter caminhava à frente, ainda parcialmente transformado, o corpo coberto de cortes que não cicatrizavam tão rápido quanto antes.
Thanar estava de joelhos no centro do círculo. Respirava com dificuldade. A pele dele parecia translúcida, os olhos vazios de cor.
— Ele usou parte da própria alma para selar a fenda — disse o Guardião do Éter, aproximando-se lentamente. — Isso consome mais do que carne ou magi