O estampido metálico ecoou como um trovão na velha oficina. A lâmpada fraca que pendia do teto estourou em mil pedaços, mergulhando o ambiente num breu parcial. Bruno imediatamente puxou Rafaella pelo braço, colando-a contra a parede enquanto o informante saía correndo por uma porta lateral, como se já soubesse o caminho.
— “É uma emboscada!” — gritou Rafaella, os olhos arregalados.
Bruno assentiu com os dentes cerrados. — “Ele mentiu. E sabia que estávamos vindo. Fomos vendidos.”
Sem hesitar, ele puxou Rafaella pela mão, contornando o maquinário velho da oficina. Havia um pequeno buraco em uma parede de tijolos deteriorados — uma brecha estreita por onde mal passava um corpo adulto.
— “Aqui!” — disse Bruno, empurrando alguns barris velhos que bloqueavam o acesso. — “Passa primeiro!”
— “Não vou conseguir!” — ela respondeu, apavorada ao ver o espaço apertado e escuro.
— “Vai conseguir sim! Confia em mim, Rafa!”
Ela respirou fundo, se jogou contra a abertura e forçou passagem. Quando o