Ao entrar no quarto, Santiago encontra Rafaella adormecida, sentada na cama, o corpo levemente curvado sobre os livros e anotações espalhadas. Veste um baby doll simples, mas delicado, e a respiração dela está serena.
Ele fica imóvel por alguns instantes, apenas observando. O amor, a saudade e a dor se misturam no seu olhar.
Com cuidado, ele se aproxima. Retira os livros com discrição, colocando-os sobre a cômoda ao lado. Puxa o cobertor e cobre Rafaella devagar, sem acordá-la.
Inclina-se para perto e murmura, com a voz embargada:
— “Como você me deixa louco, Rafa... Você não tem ideia.”
Seus olhos enchem-se de lágrimas. Ele segura a mão dela com delicadeza, como se aquilo fosse a última chance.
— “Eu te amo. É você que eu quero... Você nunca foi, e nunca será, minha segunda opção.”
.Os olhos dele percorrem o rosto tranquilo dela, mesmo adormecida — ou ao menos ele pensava que estava.
Quando ele se afasta, pronto para se sentar no sofá, uma voz suave rompe o silêncio do quarto.
— “Eu