Rafaella sorria ao lado de Santiago, o braço dele firme ao redor de sua cintura, a taça de champanhe reluzindo sob as luzes refinadas do restaurante. Os dois formavam um casal imponente, elegante, quase cinematográfico. Santiago curvou-se para sussurrar algo no ouvido dela, e Rafaella sorriu, os olhos brilhando.
Ao redor, os convidados da mesa se enchiam de entusiasmo. Risos. Comentários. E então, a voz firme de um dos executivos do setor agrícola se ergueu:
— “Um brinde… ao casal Andrade!”
As taças se ergueram, tilintando com suavidade no salão nobre.
O som ecoou pelo restaurante como um trovão nos ouvidos de Bruno, com Isadora ao lado e José Ricardo do outro e seus amigos. O maxilar dele se retesou. Os dedos ao redor da taça de vinho apertaram com tanta força que José chegou a se inclinar, receoso que ela se partisse.
Bruno não piscava. Os olhos fixos em Matheus, no colo de Santiago, agora rindo enquanto ele lhe entregava uma pequena flor decorativa da mesa. Aquilo doía. Doía como