O esconderijo na casa de Maria Regina durou apenas três dias. Foram dias de tensão, janelas fechadas, celulares desligados e sussurros. O medo era um hóspede constante.
Rafaella sabia que não podia ficar ali por muito tempo. Bruno tinha recursos, contatos, e principalmente… sede de controle. Ela sentia no ar que ele estava cada vez mais perto.
Na manhã do quarto dia, enquanto tomava café apressado, Maria Regina entrou na cozinha com o celular na mão, pálida.
— Ele sabe. Rafa, ele descobriu.
— O quê?
— Meu irmão ouviu boatos no centro. Disseram que viram “uma garota que parecia muito com a esposa do Bruno Santos” saindo do supermercado comigo. Estão espalhando fotos pelas padarias e postos da região.
Rafaella largou a caneca, o coração disparando.
— Eu tenho que sair daqui.
— Já falei com Guilherme. Ele tem um plano. Vamos te levar para a fazenda do avô dele, no alto da serra. Não tem sinal de celular lá, nem estrada asfaltada. É o único lugar que pode te esconder por enquanto.
A fuga