RENZO ALTIERI
Vou atrás da minha esposa, sentindo cada passo dela como um convite que meu corpo já mal podia esperar para aceitar. A urgência queimava em mim, um fogo que só aumentava a cada segundo longe da pele dela. Queria foder ela logo, rápido, bruto, sem rodeios. O que eu menos esperava era ter que frear assim, tão de repente, só para ver ela sentada no sofá da sala de estar.
Ela me olhou, e no instante em que nosso olhar se cruzou, aquele lado sombrio de minutos atrás desapareceu. Ali estava apenas ela — delicada, frágil, a mulher que eu amava e que era minha perdição. Porra... Será que ela tinha uma dupla personalidade? Se tivesse, eu tava fodidamente ferrado, porque eu me apaixonava mais a cada instante por aquela mulher.
Sentei ao lado dela, puxando suas mãos pequenas para as minhas. O toque dela era quase sagrado.
— Está tudo bem, meu anjo? — perguntei, sério, olhando cada detalhe no rosto dela, tentando entender.
— Eu me descontrolei... — suspirou, desviando o olhar, a vo