RENZO ALTIERI
Soltei os pulsos dela devagar, mesmo sabendo que o aperto que dei não deixaria marcas, o coração apertou ao ver a pele sensível levemente avermelhada. Girei o corpo dela de frente pra mim, a puxei com cuidado e segurei aqueles pulsos com as minhas mãos grandes. Inclinei a cabeça e beijei cada um deles com reverência, com culpa, com amor.
— Desculpa... — sussurrei contra a pele fina, meu peito apertando por dentro.
Os olhos misturados dela me encararam com aquela pureza desgraçada que me destrói. Ela ergueu a mãozinha e tocou meu rosto desfigurado como se eu fosse feito de vidro. Então, ficou na ponta dos pés e me beijou com aquela boca doce que é só minha. Os seios pequenos dela se amassaram contra meu peito, por baixo da camisa. O toque me incendiou inteiro.
— Está tudo bem, amor. — a voz dela entrou no meu corpo como um bálsamo.
Rosnei.
Sim, rosnei como um animal selvagem. E num único movimento, agarrei a cintura dela, puxei seu corpo leve contra o meu e a ergui