Vozes no Silêncio
No dia seguinte, Caleb passou mais tempo do que o habitual no carro antes de entrar na clínica. O gravador escondido em sua pasta continha três horas de áudio.
Ainda não ouvira tudo, mas as primeiras palavras captadas haviam sido como agulhas. Vozes abafadas, risos frios, e, entre eles, o nome de Ava mencionado com desdém.
"Ela ganhou confiança demais. Caleb está vulnerável. Precisamos agir antes que se torne permanente."
Francine não citava diretamente nenhuma intenção criminosa, mas as palavras carregavam veneno. Cada frase era uma arma, cada risada um sinal de alerta.
Caleb agora tinha mais do que suspeitas.
Tinha um mapa do veneno que se espalhava pelos bastidores da clínica.
Enquanto isso, Ava acordava com um leve incômodo lombar, típico da fase em que estava.
Matilde preparava um café leve e ofereceu um escalda-pés para relaxar. Elas conversavam sobre nomes de bebê quando Helena chegou com uma cesta de flores do jardim.
— Lucas escolheu uma a uma. Disse que