A noite caiu suave sobre a base.
As luzes baixas no alojamento de elite criavam um clima aconchegante, quase íntimo.
Do lado de fora, o mundo parecia distante.
Ali dentro, o tempo pertencia apenas a eles.
Sophia estava sentada no sofá, enrolada em uma manta fina.
A xícara de café — sem açúcar, como sempre — descansava em suas mãos, já quase vazia.
Adam a observava em silêncio, sentado na poltrona em frente, os cotovelos nos joelhos, o olhar fixo nela… como se quisesse decorá-la mais uma vez.
— Você tá me olhando como se eu fosse sumir — disse ela, com um sorriso pequeno.
— É que por um tempo… eu achei que tinha mesmo te perdido.
Ela não respondeu de imediato. Apenas abaixou os olhos e soprou o restinho do café.
— Eu também me perdi, Adam. No meio daquela noite, das dores… e de não ter você pra me ouvir.
— Eu errei. — A voz dele saiu baixa, rouca. — E não tem desculpa que apague isso. Eu deveria ter escutado você. Eu deveria ter olhado nos seus olhos… porque era ali que sempre encontre