Na manhã seguinte, a casa parecia mais calma. Eduardo acordara cedo, como de costume, mas demorou mais do que o normal para sair da cama. O dia anterior tinha drenado suas forças de um jeito que nem mesmo ele sabia explicar. Olhou pela janela, encontrou o céu de um azul sem nuvens, e respirou fundo. Talvez fosse um sinal de que, apesar da dor, eles podiam ter um pequeno recomeço.
Jinx já estava na cozinha quando ele desceu. O cheiro de café fresco e ovos se espalhava pelo ambiente, aconchegante. Noah estava à mesa, mexendo devagar nos cereais, ainda meio sonolento. O menino parecia melhor, embora houvesse uma sombra em seus olhos, uma mistura de cansaço e de algo mais profundo, que só quem prestava muita atenção conseguia notar.
— Bom dia, filho. — disse Eduardo, a voz rouca, mas suave.
Noah levantou os olhos e sorriu.
— Bom dia, pai.
Jinx, já com uma caneca de café nas mãos, deu um sorrisinho animado.
— Adivinha? Hoje eu fiz panquecas. — anunciou, como se fosse uma surpresa grandiosa