O corredor estava silencioso, exceto pelo som distante das vozes abafadas que ainda vinham do quarto. Eduardo fechou a porta atrás de si e olhou para Jinx, que caminhava ao lado dele. Ambos não precisaram trocar palavras para saber para onde ir, conheciam bem o menino e, mais ainda, conheciam os lugares para onde ele ia quando queria ficar sozinho.
O jardim dos fundos estava banhado por uma luz suave de fim de tarde. As sombras se estendiam pelo gramado e a brisa carregava o cheiro fresco da terra molhada das últimas regas. Perto do canto mais afastado, sentado no chão com as pernas cruzadas, Noah estava com a cabeça baixa, mexendo distraidamente em algo nas mãos. Quando eles se aproximaram, perceberam que era seu colar de concha.
Noah passava os dedos pela superfície áspera, como se fosse um ritual de proteção.
— Noah… — Eduardo chamou suavemente, parando a alguns passos de distância para não assustá-lo.
O menino não ergueu os olhos.
— Eu não quero falar agora.
Jinx, que estav