STELLA HARPER
Alexander não parava de falar do quanto fui impulsiva hoje e então começou um sermão sobre eu não ter esperado a alta do médico. Eu olhava pela janela, tentando controlar a respiração e ignorar o latejar no meu braço, e principalmente no joelho, onde o arranhão mais incômodo começava a arder agora que a adrenalina tinha passado. Minha manga estava manchada de sangue seco.
Alexander mantinha uma das mãos no volante e a outra descansando sobre a marcha, mas eu sentia o olhar dele no canto do meu rosto enquanto falava.
— Você deveria mesmo ter esperado pra terminar o atendimento — disse ele, virando o carro em um atalho. — E se fosse necessário algum outro exame? Quem sabe se você não machucou a cabeça ou algo assim.
Respirei fundo, evitando encarar.
— Eu não podia.
— Não podia ou você não quis? — Ele franziu o cenho. — Ainda não entendi porque a gente saiu correndo daquele jeito.
Olhei para minhas próprias mãos, que tremiam nervosamente, e engoli em seco.
— É que... eu vi o