DAMIAN WINTER
Aquela manhã, que tinha começado tão absurdamente calma, desmoronou em segundos.
Nathan Ponlic foi encontrado morto esta manhã.
Por um instante, eu só fiquei parado, encarando o homem fardado à minha frente. Ele segurava uma pasta nas mãos e tinha o olhar de quem já estava acostumado com reações imprevisíveis.
— Como é que é? — minha voz saiu rouca, grave. — O que você acabou de dizer?
O policial consultou a prancheta como se precisasse confirmar a própria fala.
— O senhor ouviu corretamente, senhor Winter. O corpo foi encontrado em um terreno próximo à estrada do Norte, há cerca de três horas. Precisamos que o senhor nos acompanhe à delegacia para prestar depoimento.
Tudo o que tínhamos trocado foram palavras, ruins, mas apenas isso. Eu o tinha socado, sim. Mas matá-lo? Cristo, não fazia sentido.
Atrás de mim, ouvi o som de passos apressados e Stella apareceu na porta, o rosto empalidecendo assim que percebeu o uniforme policial.
— Damian? O que está acontecendo?
Virei-