DAMIAN WINTER
Naquela mesma tarde a vida pareceu voltar ao eixo.
A notícia de que o assassino de Nathan Ponlic havia sido encontrado se espalhou pela imprensa na mesma velocidade com que tudo desmoronara horas antes. O suposto culpado era um homem que trabalhava para uma empresa de segurança privada, identificado pelas câmeras de uma rua próxima ao local do crime. O veículo dele fora rastreado, e o cara acabou preso antes do meio-dia.
Quando vi o noticiário, senti todo o meu corpo relaxar.
Ao que parece a polícia não era incompetente sempre.
— Viu só? — disse Stella, apoiada na moldura da porta, com um sorriso cansado. — Eu sabia que tudo ia se resolver.
— É, parece que dessa vez o destino resolveu colaborar — respondi, deixando o celular sobre o balcão.
Ela atravessou a cozinha e se apoiou no meu peito, com a cabeça encostada.
— Acho que podemos, enfim, relaxar um pouco — disse ela.
— Podemos — confirmei, passando o braço em volta da cintura dela. — Só por hoje, não quero pensar em