Achei que tinha ouvido uma voz murmurando no meu sonho, dizendo qualquer coisa como:
— Tudo bem, não vou mais perguntar, prometo que não vou...
Tão surreal que, se não fosse o cansaço, eu mesma teria rido. George, com aquele tom carinhoso? Nem que o mundo virasse de ponta-cabeça!
No dia seguinte, o despertador quase me jogou para fora da cama. Meu instinto era me enrolar nos lençóis por mais tempo, mas logo lembrei da apresentação na empresa. O sono foi embora instantaneamente.
Quis levantar de uma vez, só que bastou mexer o corpo para perceber que toda a exaustão da noite anterior ainda estava ali, latejando nos ossos, me obrigando a desabar de novo no colchão.
Peguei o celular e vi que eram seis e meia. Por sorte tinha programado o alarme. Se dependesse de mim, depois da forma como George tinha me deixado esgotada, eu jamais conseguiria levantar tão cedo.
Bastou pensar nele, olhei do lado e, claro, não tinha ninguém na cama. Como sempre, ele já tinha sumido.
Me obriguei a sentar,