Pensando melhor, Mariana realmente parecia ser aquele tipo de pessoa.
Quanto mais eu pensava, mais desconfortável eu me sentia por dentro.
Ajustei a gola do vestido, tentando dissipar o incômodo no peito, e desci as escadas.
Na sala de estar, George estava recostado no sofá, lendo um livro.
Assim que desci, ele olhou na minha direção.
Foi então que nossos olhares se cruzaram por acaso.
Ao me ver, os olhos dele pareceram brilhar com um leve traço de deslumbramento.
Mas, rapidamente, aquele olhar retornou ao tom frio e distante de sempre.
Parecia que aquele breve "encanto" que eu achei ter visto não passava de uma ilusão minha, uma tentativa de me consolar.
George me lançou um olhar e logo desviou com indiferença.
Fechou o livro, se levantou e caminhou para fora.
Imediatamente, fui atrás dele.
O motorista dirigia à frente.
George e eu estávamos sentados no banco de trás.
O homem fitava o horizonte com um semblante frio e sereno.
Mordi os lábios e me afastei discretamente, olhando pela ja